Beltrão dobra número de empregos em relação a 2012 e lidera ranking regional

23 de janeiro de 2014

Da assessoria

Esta indústria de confecções dobrou o número de funcionários nos últimos dois anos

Esta indústria de confecções dobrou o número de funcionários nos últimos dois anos

Os dados divulgados esta semana pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) reafirma a liderança de Francisco Beltrão na geração de empregos no Sudoeste. O município fechou o ano de 2013 com um saldo de 1.550 novas vagas, o dobro da registrada em 2012, de 738, e 32% maior que Pato Branco, com 1.173 postos de trabalho com carteira assinada.

O número é um dos maiores registrados em toda a história do município e, na opinião da secretária de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Semdetec), Jovelina Chaves, reflete o ambiente favorável à criação de novas empresas e expansão das já existentes. “O empresário só emprega quando sente confiança no mercado, e é este o contexto que temos, hoje, em Beltrão: um ambiente favorável que estimula o empreendedor a se arriscar mais porque tem boas perspectivas”, afirma a secretária.

Somente os setores de serviço, comércio e da construção civil foram responsáveis por 1.228 novos empregos, o que representa cerca de 70% do total.  A construção civil foi a que mais se destacou, pulando de 14 novos empregos em 2012 para 335 no ano passado. Ao todo, foram criados quase 130 novos empregos por mês no município, o que rendeu também a melhor média mensal por quadriênio da história de Beltrão.

O empresário Gilberto Galli foi um dos que ampliou a quantidade de funcionários na indústria de confecções em que é diretor. Somente nos últimos dois anos, a Luiz Eugênio mais que dobrou a quantidade de colaboradores e neste ano pretende redistribuir o espaço nas unidades de Beltrão para contratar mais gente. “Estamos nos reposicionando no mercado com peças mais elaboradas e, com isso, tendo possibilidade de crescer. Agora, nossa limitação é de espaço físico, mas com algumas adequações ainda poderemos contratar mais 20 funcionários”, explica Galli.

 

Cabeça do empresário e do trabalhador está mudando

Um dos fatores apontados por Jovelina para a recuperação do município na geração de empregos é a mudança de cultura do meio empresarial. Segundo Jovelina, o crescimento da cidade, o aumento do número de universidades e de oportunidades de qualificação dos empreendedores têm contribuindo para a profissionalização das empresas.

Por outro lado, a Semdetec também tem focado a mudança comportamental de vícios trabalhistas. Desde o ano passado, a Agência do Trabalhador está sendo mais rigorosa na liberação do seguro desemprego, buscando cumprir a determinação federal que exige a qualificação dos beneficiários, além do trabalho de conscientização com quem requer o benefício. “Não deixamos de assegurar os direitos dos trabalhadores, mas mostramos que é mais vantajoso estar trabalhando que recebendo o seguro, e vaga tem todos os dias em diversas empresas”, comenta Izolete Gemelli, gerente do Sine.

 

Geração de emprego reflete oportunidades

Para a doutora em Economia e professora da Unioeste, Fernanda Mendes Bezerra, o aumento na geração de empregos pode ter como causa a entrada de jovens no mercado de trabalho e a postergação da aposentadoria, e é um indício importante de crescimento. “Se mais pessoas estão ingressando pode ser um reflexo de mais oportunidades no município e, portanto, esse é um sinal positivo de crescimento do município”, destaca a economista.




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