Prefeitos do Sudoeste debatem paralisação dos transportes

25 de fevereiro de 2015

Da assessoria

No trevo da Água Branca, em Beltrão, caminhões foram liberados para seguir passagem entre as 14h e 19h; outros bloqueios da região também liberaram o tráfego

No trevo da Água Branca, em Beltrão, caminhões foram liberados para seguir passagem entre as 14h e 19h; outros bloqueios da região também liberaram o tráfego

A maioria dos prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) participou de uma série de reuniões nesta quarta-feira promovidas pela entidade para buscar soluções alternativas à paralisação de caminhoneiros. A região Sudoeste é uma das mais afetadas e já sofre com a escassez de combustíveis, hortifrutigranjeiros e alimentos perecíveis decorrentes do bloqueio de caminhões em vários trechos de rodovias.

O prefeito de Francisco Beltrão e vice presidente da entidade, Antonio Cantelmo Neto, defendeu ações práticas para amenizar a situação. “Nesta questão, que reitere-se, é legítima, pouca coisa está ao nosso alcance, no entanto, temos que traçar uma pauta prática, que vai desde a reunião de empresas e transportadores para reavaliar o preço do frete até o pedido de compreensão dos caminhoneiros para que liberem a passagem de alguns tipos de cargas, principalmente as relacionadas à cadeia do leite e aves”, afirmou Neto.

O impacto da paralisação na região já afeta a produção agropecuária, um dos pilares da economia regional. Frigoríficos já estão deixando de abater por não ter como estocar os produtos, como o caso da BRF, que nas unidades de Beltrão e Dois Vizinhos deixam de abater diariamente cerca de 1 milhão de aves.

Laticínios também estão deixando de receber leite dos produtores, que se vêem obrigados a descartar milhares de litros do produto.

As consequências econômicas da paralisação dos transportes é a principal preocupação dos prefeitos, que pela manhã se reuniram com representantes das maiores indústrias agrícolas da região, como a BRF, Coasul, Pluma e Agrogen e do movimento de caminhoneiros. À tarde, um novo entre prefeitos, empresários e transportadores aprofundou o debate acerca da pauta de reivindicações da categoria e a sensibilidade para liberação de cargas com ração, leite e combustíveis.




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