Cada escala uma nova experiência

2 de julho de 2017

Pai de Fábio Rosa e Avelino Rosa Junior, marido de dona Ivanice Aparecida Baldin Rosa, 35 anos dedicados ao Corpo de Bombeiros e já aposentado há quatro, o Subtenente Avelino Rosa está com 60 anos e sente muito orgulho de ter sido um dos primeiros Bombeiros de Francisco Beltrão. “Presenciei inúmeras situações onde muitas, prefiro nem lembrar, mas as mais marcantes com toda certeza foram as enchentes de 1979, onde passamos uma semana ajudando os atingidos e a grande enchente de 1983”. Comentou ao se referir aos  plantões atendidos no decorrer de sua vida, principalmente das grandes tragédias, onde o pior acontecia. O comandante aposentado Avelino Rosa tinha 21 anos quando foi convidado, por colegas do colégio, para visitar o Corpo de Bombeiros que em 1977 estava sendo implantado em Francisco Beltrão. Durante a visita foi informado que estavam abertas as inscrições, foi então que decidiu entrar para a corporação. Os bombeiros eram todos vindos de Curitiba, Ponta Grossa e Guarapuava. Avelino compôs a primeira turma de 17 Bombeiros de Francisco Beltrão no ano de 1978, depois de três anos e dois meses decidiu sair do Corpo de Bombeiros. “Na época não tínhamos quase nada de equipamentos, nem viaturas, as dificuldades eram muitas e o incentivo a profissão pouco”, comenta Avelino. Ele ficou dois anos fora da Corporação, e na época aconteceram vários incêndios pelo fato de ter muitas casas e edificações de madeira, Avelino saia de casa para ajudar os Bombeiros no combate ao fogo. “Depois de dois anos fora o comandante me informou que o Governo do Estado estava abrindo o reinclusão, para aqueles que deram baixa e se encontravam no bom comportamento. Desta forma surgia a oportunidade de regressar para o Corpo de Bombeiros já que nesta época as condições de trabalho estavam melhores. Então eu resolvi voltar e nunca mais pensei na possibilidade de sair, só me aposentando”, declara Rosa. Nesta época foi criado o Siat, que melhorou muito o atendimento e salvamento de vítimas de acidentes. Foram muitos acidentes que Avelino atendeu durante estes mais de 35 anos na Corporação, sempre aliando o trabalho de combatente aos serviços administrativos. Em 1984 fez o curso para passar de Soldado para Cabo, no ano de 1988 fez o curso para 3º sargento, após 12 anos foi promovido a 2º Sargento, tendo concluído o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS) em 2004, foi promovido a 1º Sargento e posteriormente a Subtenente em 2007. Na maioria das vezes era motorista das viaturas, caminhões, ambulâncias, mas auxiliava no comando e Chefe de Prontidão. Em 2007 passou a subtenente e assumiu o Comando do Corpo de Bombeiros em Dois Vizinhos, onde permaneceu por sete anos até entrar para a reserva ao completar 35 anos como Militar, Avelino já está aposentado há quatro anos. Das conquistas, Avelino Rosa foi incansavelmente sempre trabalhando para ajudar as pessoas, seja no atendimento em alagamentos, no combate a incêndios ou no salvamento e atendimento aos acidentes. “Eu sempre quis ser militar, aos 13 anos sonhava com a Aeronáutica, nunca imaginei que seria Bombeiro. Depois que me tornei Bombeiro, sempre gostei muito da profissão, não poderia me imaginar trabalhando em outro lugar, sentia prazer em trabalhar no Corpo de Bombeiros e ajudar as pessoas e sei que tomei a decisão certa”, comenta Avelino Rosa. Fábio, o filho mais velho, mora em São Paulo, já o caçula que tem o mesmo nome que o pai e nunca tinha pensado em ser bombeiro, aos 21 anos acabou prestando um concurso para o Corpo de Bombeiros, passou no concurso e mesmo sem ter sido influenciado pelo pai acabou seguindo a mesma profissão. Hoje aos 27 anos Júnior é soldado do Corpo de Bombeiros de Francisco Beltrão. “Tenho muito orgulho de todas as conquistas de meu pai, sempre ouço histórias a respeito do seu trabalho, de suas medalhas, me sinto feliz com as homenagens que ele recebeu pela conduta dentro da Corporação e pela bravura e dedicação durante todos estes anos no Corpo de Bombeiros do Paraná”, enfatiza Avelino Rosa Júnior. Os olhos do comandante aposentado brilham ao ouvir as palavras do filho, isso demonstra que sente muito orgulho pelo fato do Júnior ter escolhido seguir seus passos. “Quando meus filhos eram crianças eu não costumava comprar carrinhos de bombeiros para eles, deixei os dois livres para que escolhessem seus caminhos. Sempre deixei que eles escolhessem suas profissões, aconselhei os dois, mas não pressionei, mas é um grande orgulho saber que um dos meus filhos decidiu ser Bombeiro”, fala emocionado o Comandante Avelino.

Avelino-9




Pular para o conteúdo