Beltrão diminuiu mortalidade infantil, mas falta de pré-natal ainda preocupa Secretaria

31 de outubro de 2013

Da assessoria

Rose Guarda espera que neste mês mais mulheres busquem o serviço

Rose Guarda: acompanhamento pré-natal ajuda a reduzir complicações na gravidez

Apesar da redução nos óbitos de crianças com até um ano de idade, a mortalidade infantil ainda é um tema que preocupa a Secretaria de Saúde de Francisco Beltrão. De janeiro a outubro, 13 óbitos foram registrados, quatro a menos que os 17 que ocorreram no mesmo período do ano passado.

Ainda em março, em um seminário municipal, todos os profissionais da rede de saúde participaram de palestras e receberam orientações sobre cuidados que podem evitar complicações às gestantes e crianças. A Secretaria também já está autorizada a aumentar o número de agentes comunitários de saúde de 120 para 174, iniciativa fundamental para que as gestantes tenham acompanhamento de sua condição de saúde.

Além disso, o município também receberá do governo federal 11 novas unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF), o que possibilitará uma cobertura de mais de 70% da população.

Segundo a secretária Rose Mari Guarda, a redução do número de óbitos é consequência das ações da rede de saúde pública de Beltrão, que neste ano tem concentrado esforços, principalmente, no cuidados às gestantes. “Estamos intensificando ações no sentido de reduzir o cenário que temos quanto à mortalidade infantil, menor que em 2012, mas que ainda pode melhorar”, afirma Rose.

Em Beltrão, os óbitos de crianças com idade inferior a um ano são analisados pro um comitê municipal formado por médico ginecologista, obstetra e pediatra, enfermeiros e técnicos, que abrem processos para investigar as causas das mortes e se poderia ser evitada. Dos dez casos avaliados neste ano, cinco seriam inevitáveis, segundo avaliação do comitê.

 

Gravidez na adolescência

Outra constatação feita pela Secretaria de Saúde é o alto índice de óbitos de filhos com mães até 18 anos. Dos 13 casos registrados neste ano, ao menos seis eram de gestantes menores de idade, cenário que, segundo Rose, exigirá atenção especial do poder público. “Como muitas adolescentes tentam esconder a gravidez dos familiares, a gestação só se torna pública próxima do parto, e neste tempo a mãe não procura fazer o pré-natal corretamente”, afirma a secretária. A Organização Mundial da Saúde preconiza ao menos sete consultas durante o pré-natal.

 

UTI Neonatal

Uma das medidas que também contribuiria com o trabalho de prevenção que a Secretaria vem fazendo seria a reativação da UTI neonatal do Hospital São Francisco, fechada desde agosto. No entanto, Rose explica que a mesma só poderá ser reativada após a contratação de um médico com formação em neonatologia que responda pela UTI, profissional raro na região. “Tivemos várias reuniões com o São Francisco e Hospital Regional para buscar um profissional e atraí-lo para Beltrão, mas é bastante difícil encontrar um neonatologista”, diz.

 




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